AS
DIFERENÇAS ENTRE O VÔLEI DE QUADRA E VÔLEI DE AREIA
Por:
Jedean Armando da Silva Santos
Há muito mais diferenças entre o voleibol de quadra (ou
voleibol indoor) e o voleibol de praia (ou
voleibol outdoor) do que
o tipo de piso em que são jogados e o número de jogadores por equipe. Apresentaremos
abaixo as principais diferenças entre os dois:
- · Pontuação: na quadra são de até 4 sets de 25 pontos e na areia são de até 2 sets de 21 pontos em competições internacionais ou 18 em competições nacionais, porém, se a partida permanece em empate, haverá o Tie Break (set desempate) em ambas situações ele chega aos 15 pontos, a partida só termina quando há diferença de 2 pontos entre as equipes.
- · Quantidade de jogadores: Na quadra o mínimo de jogadores são 6, em competições oficiais, a regra estabelece o mínimo de 6 reservas também, enquanto na praia são apenas 2 jogadores e sem reservas.
- · Funções: Na quadra existem as funções levantador, libero, atacante (de ponta ou central) e cada um se adequa a posição que corresponde em quadra obedecendo a regra de rodízio e de obediência, enquanto na praia como são apenas 2 jogadores, ambos devem saber levantar, atacar e defender, sem posição específica e não há rodízio, os jogadores devem se posicionar onde sintam mais confortáveis.
- · Na quadra é permitido a largada de qualquer forma e a invasão por baixo só é marcada quando o pé ultrapassa totalmente a linha central da quadra, desde que a bola ainda não tenha tocado no chão, além disso, não é permitido tocar na quadra adversária para recuperar uma bola fora. Na praia pode haver invasão por baixo da rede, desde que não atrapalhe o jogador adversário e o jogador deve largar a bola com os dedos fechados ou com a palma da mão, além disso é liberado passar por dentro da quadra adversária para recuperar uma bola fora, desde que dentro do seu limite de toques. Na praia a bola não pode ser passada de toque, a não ser que esteja perpendicular à linha do ombro estabilizado ou que seja um erro no levantamento.
- · Saque: Na quadra, após autorização do árbitro o atleta tem 8 segundos para sacar, na areia são apenas 5 segundos. Se houver erro de rodízio no vôlei de quadra, a rotação é corrigida e o ponto para o adversário é marcado, perdendo também o saque, já no vôlei de quadra, apenas é corrigido o sacador e a equipe mantêm a posse de bola.
- · Na praia, o bloqueio conta como toque e a equipe só tem direito de mais dois toques, diferente do vôlei de quadra que o toque do bloqueio se torna nulo e a equipe tem o direito a mais três toques. Além disso, tanto na quadra como na areia, a primeira bola após o saque é liberada duplo toque, desde que em uma mesma ação, contudo, na areia não é permitido duplo toque se for recepção de “toque”.
- · Capitão: na quadra só ele pode falar com o árbitro e é identificado por uma faixa horizontal abaixo do número na camisa, já na areia ambos atletas podem falar com o árbitro, o capitão só é identificado na súmula.
- · Na quadra o técnico pode passar instrução aos jogadores durante o jogo a vontade, enquanto na praia ele é proibido e deve ficar sentado não podendo se comunicar com os jogadores.
- · Penalidades: condutas incorretas entres os jogadores adversário como comemorar o ponto de frente para o oponente é considerado insulto ou retardar o jogo ocasiona advertência, a partir da segunda advertência sempre haverá ponto para a equipe adversária e consequentemente, perda do direito de saque.
- · No vôlei de quadra, as equipes só trocam o lado da quadra entre cada set, no vôlei de areia as equipes trocam de quadra a cada 7 pontos (primeiro e segundo set) e a cada 5 pontos no terceiro set.
- · A bola do voleibol tem o mesmo peso 260 e 280 gramas, porém a pressão interna é menor.
- · Quadra: vôlei de areia 16 por 8 m vôlei de quadra 18 x 9m. A altura da rede para competições masculinas é de 2,43m e de 2,24m para competições femininas tanto no vôlei de areia quando no de quadra.
- · Na quadra caso um jogador se machuque há a substituição, caso não haja substituto é dado 3 minutos para o jogador se recuperar. Caso algum jogador se machuque durante a partida no vôlei de areia, é permitida a paralisação do jogo em cinco minutos. Caso o atleta não se recupere nesse tempo, essa equipe é dada como derrotada, já que não existe a possibilidade de substituição.
Um grupo
é formado por diferentes pessoas que partilham os mesmos objetivos e
necessidades e destes podem sair várias equipes que nada mais é que um conjunto
de pessoas que buscam soluções para um determinado problema. No vôlei de quadra
todos tem uma função com o mesmo objetivo, vencer. No vôlei de areia, apesar de
ser uma dupla, não é diferente ainda é uma equipe se unindo pelo menos ideal.
Apesar
de bem parecidas, as duas modalidades têm suas particularidades e
características específicas. O importante é praticar!
BASQUETEBOL
Por: Eduardo Gomes do Nascimento
Em 1891, o longo e rigoroso inverno de Massachussets tornava impossível a prática de esportes ao ar livre. As poucas opções de atividades físicas em locais fechados se restringiam a entediantes aulas de ginástica, que pouco estimulavam aos alunos. Foi então que Luther Halsey Gullick, diretor do Springfield College, colégio internacional da Associação Cristã de Moços (ACM), convocou o professor canadense James Naismith, de 30 anos, e confiou-lhe uma missão: pensar em algum tipo de jogo sem violência que estimulasse seus alunos durante o inverno, mas que pudesse também ser praticado no verão em áreas abertas. O basquete é um dos esportes mais praticados no mundo, com cerca de 300 milhões de adeptos. Atualmente, mais de 170 países estão filiados à Fe deração Internacional de Basquete Amador (FIBA), entidade máxima da modalidade.
Regulamento (FIBA)
•Equipe - Existem duas equipes que são compostas por 5 jogadores cada (em jogo), mais 7 reservas.
•Início do jogo – O Jogo começa com o lançamento da bola ao ar, pelo árbitro, entre dois jogadores adversários no círculo central e esta só pode ser tocada quando atingir o ponto mais alto.
•Duração do jogo – Quatro períodos de 10 minutos de tempo útil cada (Na NBA, são 12 minutos), com um intervalo de meio tempo entre o segundo e o terceiro período com uma duração de 15 minutos, e com intervalos de dois minutos entre o primeiro e o segundo período e entre o terceiro e o quarto período. O cronómetro só avança quando a bola se encontra em jogo, isto é, sempre que o árbitro interrompe o jogo, o tempo é parado de imediato.
•Reposição da bola em jogo - Depois da marcação de uma falta, o jogo recomeça por um lançamento fora das linhas laterais, exceto no caso de lances livres. Após a marcação de ponto, o jogo prossegue com um passe realizado atrás da linha do campo da equipa que defende.
•Como jogar a bola - A bola é sempre jogada com as mãos. Não é permitido andar com a bola nas mãos ou provocar o contato da bola com os pés ou pernas. Também não é permitido driblar com as duas mãos ao mesmo tempo.
•Pontuação - Um cesto é válido quando a bola entra pelo aro, por cima. Um cesto de campo vale 2 pontos, a não ser que tenha sido conseguido para além da linha dos 3 pontos, situada a 6,25m (valendo, portanto, 3 pontos); um cesto de lance livre vale 1 ponto.
•Empate – Os jogos não podem terminar empatados. O desempate processa-se através de períodos suplementares de 5 minutos. Excetuando torneios cujo regulamento obrigue a mais que uma mão, todos os clubes de possíveis torneios devem concordar previamente com o regulamento. Assim como jogos particulares, após o término do tempo regulamentar se ambas as equipas concordarem podem dar a partida por terminada. O jogo é ganho pela equipa que marcar maior número de pontos no tempo regulamentar.
•Lançamento livre – Na execução, os vários jogadores, ocupam os respectivos espaços ao longo da linha de marcação, não podem deixar os seus lugares até que a bola saia das mãos do executante do lance livre; não podem tocar a bola na sua trajetória para o cesto, até que esta toque no aro.
•Penalizações de faltas pessoais – Se a falta for cometida sobre um jogador que não está em ato de lançamento, a falta será cobrada por forma de uma reposição de bola lateral, desde que a equipe não tenha cometido mais do que 4 (quatro) faltas coletivas durante o período, caso contrário é concedido ao jogador que sofreu a falta o direito a dois lances livres. Se a falta for cometida sobre um jogador no ato de lançamento, o cesto conta e deve, ainda, ser concedido um lance livre. No caso do lançamento não tiver resultado cesto, o lançador irá executar o(s) lance(s) livres correspondentes às penalidades (2 ou 3 lances livres, conforme se trate de uma tentativa de lançamento de 2 ou 3 pontos).
•Regra dos 5 segundos - Um jogador que está sendo marcado não pode ter a bola em sua posse (sem driblar) por mais de 5 segundos.
O basquete no Brasil
O Brasil foi um dos primeiros países a conhecer a novidade. Augusto Shaw, um norte-americano nascido na cidade de Clayville, região de Nova York, completou seus estudos na Universidade de Yale, onde em 1892 graduou-se como bacharel em artes e onde Shaw tomou contato pela primeira vez com o basquete. Dois anos depois, recebeu um convite para lecionar no tradicional Mackenzie College, em São Paulo. Na bagagem, trouxe mais do que livros sobre história da arte. Havia também uma bola de basquete. Mas demorou um pouco até que o professor pudesse concretizar o desejo de ver o esporte criado por James Naismith adotado no Brasil. A nova modalidade foi apresentada e aprovada imediatamente pelas mulheres. Isso atrapalhou a difusão do basquete entre os rapazes, movidos pelo forte machismo da época. Para piorar, havia a forte concorrência do futebol, trazido em 1894 por Charles Miller, e que se tornou a grande coqueluche da época entre os homens. Aos poucos o persistente Augusto Shaw foi convencendo seus alunos de que o basquete não era um jogo de mulheres. Quebrada a resistência, ele conseguiu montar a primeira equipe do Mackenzie College, ainda em 1896. Em 1912, no ginásio da rua da Quitanda nº 47, no centro do Rio de Janeiro, aconteceram os primeiros torneios de basquete. Em 1913, quando da visita da seleção chilena de futebol a convite do América Futebol Clube, seus integrantes, membros da ACM de Santiago, passaram a frequentar o ginásio da rua da Quitanda. Henry Sims, convenceu os dirigentes do América a introduzir o basquete no clube da rua Campos Salles, no bairro da Tijuca. Para animá-los, arranjou um jogo contra os chilenos oferecendo uma equipe da ACM, com o uniforme do América que triunfou pelo curioso score de 5 a 4. O plano vingou e o América foi o primeiro clube carioca a adotar o basquete.
Novo Basquete Brasil (NBB)
O Novo Basquete no Brasil (NBB) é a liga oficial do Campeonato Brasileiro de Basquete, organizada com a chancela da Confederação Brasileira de Basquetebol, em substituição ao antigo Campeonato Nacional de Basquete. É reconhecida pela FIBA (a Federação Internacional de Basquete) como a liga de basquete do Brasil. O basquete é um dos esportes mais populares do Brasil, sendo que a seleção já foi uma das principais da modalidade. A liga foi fundada no dia 1 de agosto de 2008 mantendo sede em São Paulo e conta, atualmente, com 18 clubes filiados.
Principais competições das seleções brasileiras
A seleção feminina de basquete:
· Participou de 6 edições dos jogos olímpicos, sendo a primeira em 1992. Foi medalha de prata em 1996 e a medalha de bronze em 2000.
· Participou 15 vezes do Campeonato Mundial, sendo bronze em 1971 e ouro em 1994.
· Já no campeonato Sul-americano:
o Ouro: 1954, 1958, 1965, 1967, 1968, 1970, 1972, 1974, 1978, 1981, 1986, 1989, 1991, 1993, 1995, 1997, 1999, 2001, 2003, 2005, 2006, 2008, 2010, 2013 e 2014
o Prata: 1946, 1952, 1960, 1977 e 1984.
o Bronze: 1956 e 1962.
A seleção masculina de basquete:
· Participou de 18 edições dos jogos olímpicos. Foi medalha de bronze em 1948, 1960 e 1964.
· Participou 17 vezes do Campeonato Mundial, sendo bronze em 1967 e 1978, prata em 1954 e 1970 e ouro em 1959 e 1963.
· Já no campeonato Sul-americano:
o Ouro: 1939, 1945, 1958, 1960, 1961, 1963, 1968, 1971, 1973, 1977, 1983, 1985, 1989, 1993, 1999, 2003, 2006 e 2010.
o Prata: 1935, 1947 (dividido com Chile), 1949 (dividido com Chile), 1953, 1966, 1969, 1976, 1979, 1981, 1991, 2001 e 2004.
o Bronze: 1930, 1934, 1937, 1940, 1942 (dividido com Chile), 1955, 1987, 1995 e 2014.
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Eduardo Gomes do Nascimento |
O VOLEIBOL
Por: Luan Santos de Oliveira Silva e
Valter Santos Barbosa
O
voleibol teve sua criação em 1895, na cidade de Holyoke, Massachusetts nos Estados
Unidos pelo diretor de educação física da ACM (Associação Cristã de Moços de
Massachusetts) William George Morgan e inicialmente recebeu o nome de Mintonette.
O objetivo principal era a criação de um esporte sem contato físico entre os
jogadores. Desta forma, ele pretendia oferecer às pessoas (principalmente aos
mais velhos) um esporte em que as lesões físicas, provocadas por choques entre
pessoas, seriam raras. Nos primeiros anos, o voleibol ainda não contava com uma
bola específica, sendo praticado com uma câmara da bola de basquete. A rede era
improvisada, a mesma usada nas partidas de tênis. Com o passar do tempo, foi
ganhando o nome popular de volleyball, que acabou se tornando oficial. Desde
então passou por diversas alterações tanto de regras, de materiais utilizados e
também na forma táctica e técnica de ser praticado. Segundo Risola Neto o
voleibol é provavelmente o desporto que mais modificou suas regras sem se
descaracterizar, com isso se adaptou às exigências dos novos tempos, às novas
metodologias do treinamento.
Principais
fatos após a invenção do voleibol:
- 1900 - voleibol
chega ao Canadá, primeiro país fora dos Estados Unidos.
- 1949 - realizado
o primeiro campeonato mundial masculino na Tchecoslováquia.
- 1951 – realizado
o primeiro campeonato sul-americano de voleibol, na cidade do Rio de Janeiro. O
Brasil tornou-se campeão masculino e feminino.
- 1952 – realizado
o primeiro campeonato mundial feminino.
- 1964 – o esporte
passa a fazer parte do programa oficial das Olimpíadas, realizadas em Tóquio no
Japão.
As
regras oficiais de hoje definem que cada equipe deve ser composta por seis
jogadores em cada time. Um time inicia a partida sacando e ao adversário é
permitido que dê três toques na bola antes de devolvê-la. Ganha o jogo quem
ganhar primeiro, três sets com 25 pontos cada um. Sobre a estrutura oficial,
deve-se dizer que a quadra é retangular com dimensões de 18m x 9m. A bola é
feita em couro e apresenta massa aproximada de 270 gramas. Como se viu, o
objetivo do voleibol sempre foi impedir que a bola encostasse no chão de sua
parte da quadra, por isso é necessário rebatê-la usando o corpo, principalmente
os membros superiores. Isso leva a compreender que as principais habilidades
utilizadas nesse esporte são: saltar, correr, lançar e rebater. Ou seja: para
chegar à bola é preciso correr; para cortar a bola durante um ataque é preciso
saltar; para colocar a bola em jogo (sacar) é preciso lançar; e para devolver a
bola à quadra adversária é preciso rebater. Mas outras habilidades são
específicas desse esporte e devem ser desenvolvidas pelo professor de Educação
Física: bloqueio, saque, manchete e toques.
Introduzido
no Brasil por volta do ano 1915 (MATTHELESEN, 1993 apud Fernandes Filho &
Medina, 2002) o voleibol não apresentava importância, até o ano de 1982, quando
o esporte ganhou projeção no âmbito nacional, a partir da vitória da seleção
brasileira, masculina, no Mundialito do Rio de Janeiro. A partir de então, o
Brasil passou a fazer parte da elite internacional, do voleibol masculino,
conquistando vários títulos. Com resultados expressivos obtidos pelas seleções
femininas e masculinas, o voleibol brasileiro ganhou popularidade entre os
espectadores, e podemos dizer que é segunda maior potência dentre os
praticantes em esportes no Brasil, vindo atrás apenas do mais famoso e popular
futebol. O primeiro campeonato nacional foi realizado apenas em 1944, e após 50
anos, em 1994 foi reformulado e ganhou o nome de Superliga, como é conhecido
até os dias de hoje quando completou 18 anos desde sua primeira edição.
Segundo
Ugrinowitsch, o Brasil divide com a Itália o título de melhor campeonato de
clubes do mundo, o que nos permite afirmar que o Brasil passou a ocupar um
papel de destaque no cenário do voleibol mundial nas últimas décadas, tornando-se
uma escola respeitada em todo o mundo.
O
Brasil no vôlei atualmente:
Em
julho de 2010 a seleção brasileira masculina conquistou o eneacampeonato
da Liga Mundial da FIVB (1993, 2001, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009 e 2010), tornando-se a seleção nacional mais
bem-sucedida da história do campeonato. Ainda em 2010, a seleção conquistou
o tricampeonato
mundial de forma consecutiva. Atualmente ocupa o
primeiro lugar geral do ranking da FIVB e
é considerada uma das maiores potências do voleibol mundial.
A
seleção brasileira feminina, em 2008, nos Jogos
Olímpicos de Pequim, conquistou sua primeira medalha de ouro
olímpica e nos Jogos
de Londres em 2012 sagrou-se bicampeã olímpica. É o
time mais bem-sucedido na história do Grand Prix da FIVB, sendo a
seleção nacional que mais vezes conquistou o torneio com dez títulos (1994, 1996, 1998, 2004, 2005, 2006, 2008, 2009, 2013 e 2014). Atualmente ocupa o segundo lugar geral
do ranking da FIVB.
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Na ordem da foto: Valter Santos Barbosa/Luan Santos de Oliveira Silva |
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